segunda-feira, 30 de abril de 2007

DONA SELMA DO COCO





DONA SELMA DO COCO
Selma Ferreia da Silva, mais conhecida como Selma do Coco, nasceu em Vitória de Santo Antão, em 1935. Ela conheceu o coco de roda muito cedo, quando participava das festas juninas e cantava as músicas da região."Eu ia junto com meus pais e meus avós dançar o coco em lugares às vezes distantes de casa. Mas valia a pena, porque todo mundo gostava muito", diz ela, assumindo um ar brincalhão ao lembrar que a festa normalmente acontecia em frente a "uma casa velha coberta e palha de coqueiro e toda arrudiada de candeeiro de pavio". Aos 10 anos, ela veio morar no Recife, onde casou e teve 14 filhos. Ficou viúva aos 30 anos e durante muito tempo vendeu tapioca em Olinda. No quintal de casa, freqüentemente formava animadas rodas de coco até o dia em que foi descoberta pela mídia, em meados da década de 90, quando já passava dos 60 anos.Selma do coco se apresentava em todas as festas populares do Recife, de Olinda, Itamaracá e Itapissuma. Em 1996, subiu no palco do Abril pro Rock, quando uma nova geração de ouvintes ficou encantada com sua famosa risada forte e irônica.Selma do Coco começou a sentir um gostinho da fama no carnaval de 1997, quando lançou a música "A Rolinha", que se transformou em surpreendente sucesso, alcançando repercussão nacional e abrindo espaços em programas como Programa do Jô e Domingão do Faustão. Selma, que, por ser mulher e, principalmente, idosa, deixou muita gente boquiaberta com os versos da música: "Oi pega, pega, pega, / pega, pega a minha rola", garante que tinha feito a música a muitos anos, mas que ficara com vergonha de gravar por causa do refrão malicioso da canção. Desde 1998, quando gravou o CD "Minha História", que lhe valeu o prêmio Sharp, Selma do Coco é hoje a mais conhecida representante de uma vertente meio satírica, meio maliciosa, de um ritmo cujas origens remontam ao Quilombo dos Palmares, no século XVII."Coqueiro, tá de coco novo minha gente o que é que há..."
Além de sucessivos shows em todos os cantos do país, Selma do coco é uma das embaixadoras da música popular nordestina na Europa e nos Estados Unidos.Países como Suíça, Portugal, França e Alemanha já dançaram "A Rolinha" de Dona Selma. Nesse último país participou, a convite do Instituto Cultural de Berlim, do disco "Herdeiros da Noite", dividindo o CD com grupos africanos e de outros países. Foi também na Alemanha, na gravadora Ufa Fabrik (por onde já andou o Maracatu Nação Pernambuco), que ela mixou e prensou mil exemplares de seu disco Cultura Viva, gravado ao vivo junto com a platéia cativa que possui naquele país. Em 2001, Dona Selma foi a principal atração brasileira do 32º New Orleans Jazz - Heritage Festival, o maior event do gênero nos Estados Unidos.Dona Selma do coco fez do coco de roda um gênero musical de primeira grandeza, que, hoje, é tocado o ano todo. Tornou-se um ícone da manifestação cultural nordestina que influencia tantos os artistas populares como as bandas da nova cena pernambucana.

01 - Minha história (Zezinho - Folclore - Selma do Coco)
02 - Odete (Zezinho - Folclore - Selma do Coco)
03 - A rolinha (Zezinho - Folclore - Selma do Coco)
04 - Dá-lhe Manoel (Zezinho - Folclore - Selma do Coco)
05 - Santo Antônio (Zezinho - Folclore - Selma do Coco)
06 - Areia (Zezinho - Folclore - Selma do Coco)
07 - Ô moreninha do dente de ouro (Zezinho - Folclore - Selma do Coco)
08 - Peixe desconhecido (Zezinho - Folclore - Selma do Coco)
09 - Coco para Barreiros (Zezinho - Folclore - Selma do Coco)
10 - Coco para Berlim (Zezinho - Folclore - Selma do Coco)
11 - Submarino alemão (Zezinho - Folclore - Selma do Coco)
12 - Encerramento (Zezinho - Folclore - Selma do Coco)



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